Ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, JG alerta sobre expansão da milícia no Rio

A Justiça Global alertou as autoridades internacionais sobre o aumento da força da milícia no estado do Rio de Janeiro, durante a 51a Sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em setembro. A manifestação foi apresentada em setembro, no Diálogo interativo com o Grupo de Trabalho sobre o uso de mercenários como meio de violação de direitos humanos e impedimento do exercício do direito dos povos à autodeterminação.

A porta-voz da Justiça Global na fala, Leidiane Moreno, destacou os dados do Instituto Fogo Cruzado que apontam um aumento da área sob domínio da milícia em 387,4% em 16 anos ( de 2006 a 2008 e de 2019 a 2021). A pesquisa foi feita em parceria com o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF) e, segundo a qual, mais de 10% do território da Região Metropolitana (Grande Rio) está sob domíno desses grupo paramilitares.

A manifestação ainda destacou a conjunção desse cenário com o momento eleitoral. “As milícias ampliaram suas atividades e funcionam como empresas, com distribuição de tarefas e hierarquias. Atuam em muitas frentes de negócios — sendo a eleição uma das mais lucrativas. Monitoram e os obrigam a apoiar determinados candidatos. No momento em que o Brasil se aproxima de uma das eleições mais importantes da sua história recente, trazemos aqui a nossa preocupação com esses grupos criminosos e os efeitos danosos que trazem à democracia”, afirmou Moreno.

As milícias são grupos criminosos formados, em boa parte, por agentes do Estado, como policiais, Forças Armadas e agentes penitenciários. Esses grupos buscam o controle armado de determinados territórios e da população que nele habita

Veja na ONU WebTV: https://media.un.org/en/asset/k1y/k1y4a6h7gz?kalturaStartTime=243

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