#JG2017 Trabalho em rede: pelo fortalecimento de defensoras/es de direitos humanos

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A Justiça Global preza por trabalhar articulada em rede com organizações e movimentos. Em 2017, o trabalho em conjunto com o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos e também com o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) gerou publicações, informes internacionais e incidência direta em temas como conflitos no campo e na questão indígena. Foi o ano, por exemplo, de publicação do dossiê “Vidas em luta”, lançado no dia 4 de julho pelo Comitê, falando sobre a morte de 66 defensores/as e da criminalização de 64 em 2016, destacando a ação criminosa de empresas e do Estado contra essas pessoas.

capa_vidasemlutaEssa atuação também incidiu diretamente na Organização das Nações Unidas (ONU), com informes e encontro com o Relator Especial da ONU sobre a situação de defensores e defensoras de direitos humanos, Michel Forst, em outubro. Foi destacado para o relator que, em agosto desse ano, já estava, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT) em 54 o número de defensores mortos no país, o que já projeta o ano de 2017 como ainda mais violento do que 2016. Como parte do Comitê, a Justiça Global participou da construção de missões para lidar com casos de violações em Conceição do Mato Dentro (MG), cidade afetada pela mineradora Anglo American, Pau D’Arco (BA), onde houve o massacre de dez trabalhadores, e Correntina (BA), onde os moradores lutam pelo direito à água.

No CNDH, a Justiça Global faz parte da mesa diretora e coordena a Comissão Permanente de Defensores de Direitos Humanos e Enfrentamento da Criminalização, que se reúne periodicamente para tratar de temas nacionais, como a Usina de Belo Monte, questões quilombolas, de segurança pública e medidas como a reforma trabalhista e ampliação do estado penal. O conselho se manifesta por meio de resoluções, notas públicas e recomendações ao Estado. Este é um mandato de dois anos, no qual a Justiça Global vai cumprir o segundo em 2018, sempre incidindo de forma a barrar as seguidas tentativas de retrocesso nas políticas de direitos humanos em curso no país. O CNDH tem cumprido um importante papel de resistência e denúncia desse processo de ruptura democrática que o Brasil vive.

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