A Justiça Global denunciou, em conjunto com organizações parceiras e parlamentares, as ações violentas do estado do Rio de Janeiro para organismos internacionais.
Nesta terça-feira (28), em conjunto com Instituto Marielle Franco, Centro Pela Justiça e o Direito Internacional — CEJIL, Instituto de Estudos da Religião – ISER, Rede Nacional de Mães e Familiares de Vítimas do Terrorismo do Estado, Fórum Popular de Segurança Pública — FPOPSEG e Coalizão Negra por Direitos, foi enviado um informe à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), endereçado à Roberta Clarke (relatora para o Brasil) e à Tania Reneaum (eecretária-executiva).
Já uma parceria com o deputado federal Henrique Vieira (PSOL/RJ) e com a deputada estadual Renata Souza (PSOL/RJ), enviou um informe sobre as execuções ao relator para assuntos de execuções sumárias, arbitrárias ou extrajudiciais da ONU, Morris Tidball-Binz.
Na quarta-feira (29), Conectas Direitos Humanos, Instituto Pro Bono, Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, a Justiça Global e a Rede Liberdade também enviaram um apelo urgente à CIDH e órgãos especiais das Nações Unidas sobre a tentativa de intimidação e criminalização de defensores de direitos humanos por parte do governo fluminense, que em diversos momentos se referiu às organizações denunciantes como “narcoativistas”.
As ações servem para amplificar a rede de denúncias e a pressão por responsabilização da cadeia de responsáveis pelas mais de 130 mortes na etapa de ontem (28) da Operação Contenção, de responsabilidade do governo do estado do Rio de Janeiro.
Foto: Moradores ficam ao lado de corpos alinhados na Praça São Lucas, na favela Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, Brasil, em 29 de outubro de 2025, após a Operação Contenção. – PABLO PORCIUNCULA / AFP