Nota das famílias de Marielle e Anderson sobre a federalização do caso

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1) As famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes acompanham com preocupação notícias sobre possível pedido de federalização por parte da PGR, a essa altura do andamento da ação penal contra os executores, que já está em fase de interrogatório dos réus (atualmente presos). A fase seguinte é o possível julgamento destes acusados em Plenário do Tribunal do Júri. Um eventual deslocamento da competência certamente gerará mais demora e sacrificará ainda mais quem espera justiça por Marielle e Anderson;

2) As instituições estaduais estão acompanhando o caso – uma das mais extensas e complexas investigações de homicídio da justiça brasileira – desde o seu início. Não parece razoável que uma eventual acusação perante o júri passe a ser conduzida exclusivamente por instituição federal que até o momento não esteve envolvida em todas as etapas do processo;

3) As famílias exigem prioritariamente a elucidação efetiva e rápida do mando do crime, com a decretação da prisão dos mandantes, assim como o julgamento definitivo dos executores com a fixação de condenação exemplar e proporcional aos homicídios bárbaros que cometeram;

4) As famílias reforçam que a existência de um inquérito na PF já representa uma participação das autoridades federais em apoio ao MP Estadual, assim como a participação e auxílio que a PF ofereceu ao MPRJ em várias diligências da investigação estadual. O momento e a complexidade do caso exigem atuação integrada, união e cooperação entre as instituições e não disputa ou supressão da atribuição do MPERJ para continuidade das investigações.

 

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