Não é coincidência que mulheres, populações empobrecidas, negras, indígenas e comunidades tradicionais estejam mais expostas aos efeitos negativos da degradação ambiental. Ao mesmo tempo, seus conhecimentos, experiências e participação são sistematicamente desvalorizadas. Expressão do racismo como um todo, práticas de discriminação a grupos étnico-raciais são historicamente observadas nas inúmeras decisões relacionadas à política ambiental e de projetos de desenvolvimento que deliberadamente atingem determinadas populações em detrimento de outras. No contexto de mudanças climáticas, porém, os impactos e a discriminação ganham escalas ainda maiores.
Neste sentido, a Justiça Global atua para que sejam consideradas as desigualdades sociais e para que seja garantida a participação efetiva desses grupos nas decisões relacionadas ao meio ambiente e às mudanças climáticas, além de denunciar as práticas de racismo ambiental, apoiar coletivos e pessoas que atuam nessa luta e fortalecer o direito de decidir pelo próprio futuro.